sexta-feira, julho 30, 2004

Metalinguagem

Durante esta semana, redigi 3-quase-posts. Em três dias diferentes, sentei em frente ao PC e escrevi 3 textos sobre 3 assuntos completamente distintos. Mas não acabei nenhum deles. E vocês, leitores do blog, ficaram sem ter o que ler aqui.

Agora o tempo é escasso. Amanhã devo ir para Minas. E neste exato momento tenho que começar a me arrumar, pois vou com alguns amigos ao show do Ian McCulloch e seus homens coelhinhos no Claro Hall. Eu queria realmente terminar agora algum dos textos, responder emails, etc. Mas isso tudo vai ter que ficar para depois da viagem.

Henrique e Marcelo, sosseguem o facho e não venham lotar minha caixa postal durante minha ausência... Hehehehehe!

E Bel, obrigado por me falar desse lance do templo budista, vou querer saber melhor onde fica isso sim. Quando retornar vou no seu blog tentar achar seu email, pois conversa de comments não dá :)

Esse post é dedicado àqueles que sempre reclamam que meus textos são muito grandes. Vocês mesmos, que dizem que, em vez de postar um tratado uma vez por semana, eu devia fazer posts menores, mas com uma frequência maior. Então, aqui está o que queriam, deleitem-se!

Mas aproveitem enquanto é tempo, pois provavelmente na 2a feira voltaremos à nossa programação normal. Bom, isto se a Larissa não me monopolizar totalmente nesse dia. E se eu também sair vivo e não for amassado por ela, pois a menina está há quatro semanas longe de tudo e de todos numa terra de franceses fedidos. Como vou revê-la um dia depois de sua chegada, terei toda a acumulada fúria abraçal Larissiana desabando sobre minha pessoa.

Meu Deus... Desejem-me sorte...

quinta-feira, julho 22, 2004

Música para relaxar - parte II

Bom, na verdade, o que tinha incitado tamanha revolta com músicas para relaxar na semana passada tinha sido minha primeira sessão de acupuntura, em uma clínica especializada em medicina chinesa.

Acupuntura???

Sim, acupuntura.

Como muita gente já sabe, o princípio por trás dos meus estranhos hábitos alimentares é o "Princípio Único Yin-Yang do Equilíbrio do Universo". Hehehehe, adoro dizer isso, me divirto horrores com as expressões faciais das pessoas logo após ouvirem essas palavras. Pena que com o blog não dá para eu ver a cara dos leitores. Em geral, em uma conversa qualquer sobre alimentação, quando acabo mencionando que não como carne, as pessoas sempre perguntam: "Ah, por que, você é vegetariano?". Quando não estou a fim de dar maiores explicações acerca do que eu como ou deixo de comer, simplesmente digo que sim e corto o assunto. Mas, em algumas ocasiões, vou e digo: "Não exatamente, sou macrobiótico". O dono da pergunta quase sempre faz uma cara de ponto de interrogação. Então vem a frase matadora: "Não tem nada a ver com vegetarianismo, até porque eventualmente posso comer carne branca se eu quiser. A diferença é que minha alimentação é baseada no Princípio Único Yin-Yang do Equilíbrio do Universo". Vocês precisam ver as caras que as pessoas fazem quando ouvem um Zé Ruela como eu dizer isso com a cara mais lavada do mundo! Hahahaha

Só que agora acho que trabalhar com o Yin e Yang apenas no campo alimentar não tem sido tão satisfatório como antes, e decidi mergulhar mais a fundo na medicina chinesa. Fui conhecer essa clínica que mencionei acima com a idéia de basicamente complementar meu tratamento com outros elementos dessa medicina, como acupuntura, ervas (hum...) e afins. E eu achando que o lugar seria um daqueles cantos isolados de Vargem Grande, cheio de mato para todos os lados, com aquelas miniaturas de duendes e sábios carecas baixinhos e de barba branca (será que sou o único que tem verdadeiro pavor destes bonecos medonhos?). Que nada! A casa ficava em plena Botafogo, quase na Voluntários da Pátria, uma barulheira dos infernos. Até a fachada não era exatamente o que eu esperava: um muro cheio de arame farpado em cima, com várias plaquinhas de caveira no topo, nas quais se viam os dizeres "Perigo, cerca elétrica!". Eu olhando para aquilo e tentando realmente acreditar que aquela era a clínica que iria me ajudar a alcançar a cura através do milenar Princípio Único. Eu hein. Juro que até cheguei a conferir o número da casa novamente, para me certificar de que estava no lugar certo. Aparentemente, estava. Bom, então a única coisa que eu podia fazer naquela hora era entrar mesmo. Perder a viagem é que eu não ia.

Após passar pelo procedimento padrão do lugar, que não vem ao caso agora, fui colocado em uma cama para ser agulhado pela primeira vez (OK, isso pegou muito mal. Vocês aí, sosseguem com as piadinhas!) pelo acupunturista de plantão. A sala era muito bem decorada e aconchegante (tá, já é a segunda frase desse parágrafo que soa extremamente gay). Parecia ter uns toques de feng-shui (meus conhecimentos nesse campo se resumem ao que aprendi com as encheções de saco da minha mãe). E a cama era realmente relaxante! (hum, é melhor eu parar de colocar um parênteses por frase agora. Hehehe) Fiquei deitado naquela sala escura por um bom tempo, esperando o acupunturista e também tentando dormir, porque para variar eu estava com sono naquele dia.

O sujeito chegou e, após passar álcool nos pontos em que as agulhas iriam entrar, começou seu trabalho sujo. Todo mundo costuma falar que acupuntura não dói e coisa e tal... Putz! Ao contrário de muita gente, não tenho problema algum com exames de sangue (para falar a verdade não sinto absolutamente nada quando os faço), agora, essas agulhas de acupuntura dão um nervoso desgraçado. O pior é que elas entram também em lugares super esquisitos, que possuem poucos músculos ou gorduras, como o tronco ou o pé. Não dói tanto assim, mas dá uma tremenda duma agonia. E eu deitado lá, com aquele monte de seres estranhos perfurando meu corpo, sem nem mesmo ter visto como são as tais agulhas. Juro que estava morrendo de curiosidade para ver como elas eram, porque o cara não tinha me mostrado antes de me espetar. Só que eu estava imobilizado dos pés a cabeça, e qualquer mexida que eu desse com a minha cabeça as fariam balançarem... Que agonia.

Tentei fechar os olhos, tentei dormir, tentei relaxar. Mas assim que o acupunturista saiu da sala e fiquei sozinho lá dentro, os sons emitidos pelo alto-falante no canto superior esquerdo do aposento ficaram mais evidentes do que antes.

NÃÃÃÃÃÃO !!!!

Tocava um daqueles malditos CDs de música de relaxamento. O que eu tinha que aguentar toda semana no RPG já era o suficiente pra mim.

Por incrível que pareça, o CD do lugar não tinha focas nem golfinhos, mas mesmo assim conseguia ser pior ainda do que esses. Em vez de um jardim zoológico, agora eu tinha que aguentar uma flauta chinesa tocando uma das melodias mais lentas e manjadas de todos os tempos. Só pelo timbre da flauta já dava para visualizar o sábio careca baixinho de barba branca tocando aquela porcaria feliz da vida, andando e saltitando pelos vastos campos chineses, achando que enchia o ambiente com gotas de felicidade. O que dava nos nervos era a lentidão com o que o sábio careca soprava as notas, prolongando-as ao máximo que podia. A música ainda seguia as estruturas mais previsíveis possíveis, parecia até ser baseada em uma daquelas escalas pentatônicas que todo mundo que começa a tocar violão/baixo/guitarra aprende logo nas primeiras aulas. E o velho alternava sempre notas mais agudas com notas mais graves. Aaaaahhh !!! Nunca tinha ouvido aquela canção antes, mas conseguia prever cada nota que o sujeito tocava. Ou seja, em vez de tentar relaxar (que é o que eu deveria fazer, até para a própria acupuntura ter um efeito melhor), minha diversão passou a ser adivinhar as notas da flauta do cara. Pra completar minha sessão de relaxamento, o quarto ficava nos fundos da casa. Atrás de mim, passava a Voluntários da Pátria e seu tráfego de centenas de carros por minuto. Buzinas e flauta chinesa: pronto, a sinfonia estava completa!

Depois de um suplício que deve ter durado pelo menos uns 20 minutos (difícil dizer, o tempo não passa não tão rápido quando você está todo espetado e ao som de trilha sonora tão agradável), a médica entrou no quarto e acendeu as luzes:

"E aí, relaxou?"
"Ôôô! E como..."

Quando retornei na semana seguinte, pedi que ela pelamordedeus abaixasse o volume daqueles alto-falantes. Ela ficou bem surpresa: "Nossa, trabalho aqui há mais de 10 anos e você é a primeira pessoa que me pede isso".

?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?

A cada dia que passa acredito mais e mais que nesse mundo só tem gente louca mesmo.

terça-feira, julho 13, 2004

Música para relaxar - parte I

Semana passada descobri que há poucas coisas no mundo que me irritam mais do que música para relaxar.

Não que eu tenha tido essa revelação surpreendente assim, tão subitamente. Minha história de ódio com esse "gênero musical" já tem pelo menos 2 anos, quando comecei meu tratamento de RPG com a mesma Luciana do post "Privilegiadas". Se você agora pensou em vir com uma daquelas frasezinhas babacas do tipo "Ah, que bacana, e no RPG você é quem, o mago, o anão ou o guerreiro?" (né Damasceno), esqueça. Essa piadinha já está mais do que batida, assim como aquela que envolve me oferecer bebidas alcóolicas ou doces açucarados em festas, sabendo que não vou aceitar (Né... TODO MUNDO!!!). Sabe-se lá porque, toda clínica fisioterápica cisma em "elevar" o ambiente da sala de consulta colocando músicas de relaxamento durante a sessão, para o azar dos pobres pacientes. Tal trilha sonora envolve muitas vezes até barulhos e emissões sonoras daqueles bichos que você só vê em documentários da National Geographic, como golfinhos, focas ou pingüins (olha só, até escrevi com trema). Sinceramente, não dá pra entender como uma pessoa pode ter a idéia de girico de achar que um golfinho berrando vai realmente relaxar alguém. O pior dessa história toda é que a música que permeia o aposento quase sempre vem de um aparelho de som central, que a transmite para todas as salas da clínica. Por mais que minha RPGista tenha realmente um gosto musical decente, nossos ouvidos continuam à mercê do que a louca da recepcionista decide colocar no estéreo ao lado dela. Só que, ao menos fazendo RPG, esta música não me incomoda tanto, visto que eu e Luciana passamos as sessões inteiras falando besteiras, sem dar a menor bola para o alto-falante da sala. E o tratamento vem dando muito certo. Quer prova melhor para dizer que a sinfonia de focas é de fato completamente desnecessária?

Apenas em uma semana, há muito tempo atrás, conseguimos burlar, mesmo que por alguns poucos minutos, os malditos golfinhos histéricos. Por razões que não vêm ao caso agora, a dita cuja precisava de um curso intensivo de Helloween, uma banda clássica de heavy metal alemão. Basicamente, ela precisava aprender as músicas de forma que pudesse ir ao show que ia rolar no Canecão (isso foi em meados de setembro passado) e não "fazer feio", ou seja, minimamente conhecer os hits da banda (e por acaso grupo de heavy metal de verdade tem hit?) e quem sabe até se arriscar a cantarolar uns refrões. Como todo bom metaleiro prestativo faria no meu lugar, lá fui eu para a consulta munido de todos os CDs do Helloween que tinha. A intenção era só lhe emprestar os CDs, para que ela os levasse e escutasse em casa.

Obviamente , durante a consulta surgiu a previsível idéia: "Ei, Marcelo, por que a gente não coloca um desses CDs lá no som? Vamos aproveitar que a Vivi (a recepcionista) não está aqui, e não vai ficar dando piruadas na música que a gente colocar. O que você acha de fazer RPG ao som de heavy metal?". "Pô, ótima idéia! Só com você mesmo que eu posso fazer uma coisas dessas. Pega aí o 'Better Than Raw', tô afinzão de escutar esse!". E lá foi ela levar o CD para a recepção, se esquecendo completamente de que aquele aparelho de som era ligado a TODAS as salas da clínica. "E coloca bem alto, esse tipo de música é para escutar BEM ALTO!!!", berrava eu lá de dentro da sala.

Pra quem não conhece, esse CD começa com uma orquestra tocando uma peça clássica, uma graça só. Alegres violinos por todos os lados. Pouco tempo depois, entram a bateria e as cordas distorcidas dos loucos alemães; cara, a Luciana tinha realmente colocado o volume MUITO alto. Em seguida entra a voz aguda do Andi Deris, soltando seus gritinhos histéricos naquele bom e velho estilo de metal lalala "estão apertando as bolas do meu saco". Bom, pelo menos é bem melhor escutar um vocalista alemão histérico do que um golfinho idiota. Eu, deitado na maca, me regozijava com aquela trilha sonora.

Pena que nossa felicidade durou pouco. Em questão de segundos após o início de "Push" (nome desta música), descia pelas escadas uma das fisioterapeutas que atendia nas salas do segundo andar, desesperada: "O que está acontecendo aqui, a dona Jussara está quase tendo um treco lá em cima!!!". A expressão facial de Luciana transformou-se naquela conhecida "Ih, fiz merda!": "Putz, me esqueci que o som era ligado a todas as salas da clínica!!". Como era de se esperar, o CD do Helloween foi devidamente retirado do aparelho de som.

Por força dessas circunstâncias, foi exatamente neste dia que descobri que o som era ligado simultaneamente às salas da clínica inteira; de certa forma fiquei aliviado em saber que as irritantes canções que eu ouvia não tinham nada a ver com a minha fisioterapeuta e sim com o mau gosto da dona do lugar.

Acho que eu deveria ser contratado para dar uma modernizada e revitalizada na CDteca de lá.

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Isso na verdade não era o que eu tinha planejado escrever no post, mas comecei a contar essa história e acabei me alongando demais (só pra variar). Eu nem queria falar de alguma coisa relacionada a RPG novamente, acho que torna o blog um pouco repetitivo.

Mas enfim, a parte 2 do texto falará do assunto sobre o qual eu queria inicialmente escrever. Ela virá no próximo post, a ser publicado em breve :)

Humpf, era o que faltava mesmo. Não só fazer posts gigantes, como agora dividí-los em partes 1 e 2 !

terça-feira, julho 06, 2004

Dormindo com alguém... te olhando

De domingo para 2a feira da semana passada, fiz algo que nunca tinha feito antes em minha vida: literalmente virei a noite estudando. Sei que a "virada" de domingo é a mais injustificável de todas: afinal, você em tese teve toda a insuportável e melancólica tarde de domingo para cumprir com as suas devidas obrigações. Bem, posso citar mil e um bons motivos pelos quais não estudei (estava na companhia de minha adorável priminha em casa, recebi a visita do grande Rizzo, entre muitas outras), mas vou poupá-los disso (hum, acho que já não os poupei). O fato é que já eram 10 da noite e eu não havia lido nem mesmo a bibliografia básica da matéria, quanto mais resolvido algum exercício. A prova era às 7 da manhã, então a decisão mais sensata naquele momento era certamente varar a noite estudando.

Quando era 6:15, lá estava eu rumo à minha prova. Eu, meu lápis, minha borracha, minha régua, meu compasso (sim, essa incrível matéria envolve analisar as decisões no Legislativo através de desenhos de círculos e retas no plano... não, isso não faz o menor sentido), meu celular, minhas olheiras e meu prendedor de cabelo (cujas técnicas, a cada dia que passa, domino mais!). Após a prova ainda assisti mais uma aula, que foi até cerca de 10 da manhã, quando então me preparei para voltar alegremente para casa, onde uma macia, deliciosa e confortável cama me aguardava, ansiosa e lânguida por me receber deitado em seus braços.

Ah sim. Um dos motivos pelos quais eu não havia começado a estudar antes de domingo era um infame trabalho em grupo de Econometria, que estava fazendo com meus queridos amigos Yie Chen e Larissa. Havia feito a parte que me cabia até sábado, de modo que já tinha ficado livre do fardo econométrico. No entanto, lá na PUC, Larissa me lembrou que o computador dela não estava aceitando o software necessário aos cálculos do trabalho e veio choramingar comigo que não estava com ânimos de fazê-lo na faculdade (de fato, fazer trabalhos nos computadores do Departamento de Economia é algo detestável, sempre tem algum professor ou aluno passando, falando, etc).

Eu, legal e simpático como sou, fiz o convite que ela tanto queria:

- OK, estou pegando o carro para ir para casa agora, se você quiser venha comigo e você faz o trabalho lá no meu computador.
- Mas Marcelinho, não quero te atrapalhar, olhe as suas olheiras, você está precisando dormir...
- Tolinha... E quem disse que não vou dormir com você lá???
(ôôô frasezinha com múltiplos sentidos... hahahahaha)

Pois é, convite irrecusável esse, não? Não é todo dia que você tem a incrível oportunidade de fazer um magnífico trabalho de Econometria com um sujeito bacana como eu dormindo e babando no travesseiro na sua frente. Definitivamente, não há programa melhor para uma tarde de 2a feira.

Depois de almoçar (e os que me conhecem pessoalmente sabem que isso não leva menos do que uma hora e meia) e apresentar minha convidada à casa e ao PC que lhe aguardava (essas pessoas que ainda teimam em usar MAC...), tirei meus travesseiros do armário (um para a cabeça, outro para as pernas - os ortopedistas dizem que é ótimo para a coluna) e deitei sorridente, pronto para encontrar meu saudoso amigo Morfeu.

- Cara, não acredito, você não vai ficar dormindo com esse travesseiro entre as pernas, sorrindo desse jeito, enquanto eu fico aqui fazendo essa porcaria. Quando uma pessoa visita a minha casa, eu ofereço pães de queijo... era o que você devia fazer agora.
- Ótimo saber disso, já sei que serei bem tratado da próxima vez que lhe visitar. Agora, com licença, Morfeu e doces sonhos me esperam.
- Caramba, NÃO DÁ para alguém dormir no mesmo quarto em que uma visita está fazendo um trabalho para o SEU grupo da faculdade!!! Isso é completamente inaceitável, deselegante, deseducado...

E, antes que ela terminasse a frase, eu já estava dormindo. Obviamente, só tomei conhecimento da parte relativa ao deselegante e deseducado depois que acordei, quando a história me foi recontada por ela.

Tive um sono digno dos deuses. Nunca uma dormida de 2a à tarde havia sido tão boa (e eis que aqui lhes fala a voz da experiência). A única coisa ruim das cochiladas após o almoço é a forma como você acorda depois: uma sensação horrível de quem acabou de comer um boi inteiro (pois é, posso garantir que mesmo os que não comem carne também sentem isso). Surpreendentemente, acordei profundamente descansado e relaxado, como há muito eu não via (semana de provas dá nisso). Mesmo a cortina a Larissa fez o favor de abaixar, de modo que o quarto se encontrava naquela "meia penumbra" ideal para o sono vespertino. Muito gentil essa menina! E o melhor de tudo, o trabalho de Econometria estava praticamente pronto.

Foi uma 2a feira extremamente produtiva. Sugeri à Larissa que este ritual fosse repetido toda semana. Por alguma razão que não consigo compreender, ela não gostou muito da idéia. Em vez disso, ela está agora em Paris, aguentando aqueles franceses chatos e fedorentos. Humpf, tem gente que não sabe mesmo se divertir...